O presidente Jair Bolsonaro (PL) acusou, nesta sexta (27), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para que ele retorne ao Palácio do Planalto.
“A gente sabe a vida pregressa dele [Fachin], foi um militante de esquerda, advogado do MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra], isso é verdade, não fake news. Temos até vídeo dele falando isso. E ele colocou o Lula para fora. Agora, colocou para fora só para vê-lo livre? Porque, segundo o STF, o Lula é elegível. Então ele disputa as eleições”, afirmou Bolsonaro.
“O que a gente entende do lado de cá é que ninguém vai botar o cara para fora com condenações grandes em três instâncias, para ficar passeando por aí com sua namorada, noiva, e agora sua jovem esposa. Colocou para fora, no meu entendimento, para ser o presidente da República. E deixo claro: quem é atualmente o presidente do TSE? O senhor Edson Fachin”, continuou.
O ex-juiz Sergio Moro foi o responsável pela sentença que condenou Lula, em 2017, a 9 anos e 6 meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relativo ao processo que investigou a compra e reforma de um apartamento tríplex no Guarujá (SP).
Entretanto, a determinação foi anulada por Fachin, compreendendo em seu parecer que os casos não deveriam ter tramitado na Justiça Federal do Paraná, responsável por julgamentos da operação Lava Jato. A decisão foi acatada pelo plenário da Suprema Corte, em abril do ano passado, por 8 votos a 3. O ex-juiz também foi considerado parcial no caso por 7 votos a 4.