Os membros das Comissões de Relação com o Poder Judiciário, de Direito da Família e da Ouvidoria da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí, acompanham atentamente os procedimentos de investigação do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO) da Polícia Civil no caso da prisão de uma servidora do Tribunal de Justiça (TJ-PI).
A funcionária vinculada a uma empresa terceirizada, que presta serviços na 5ª Vara Cível de Direito da Família, é suspeita de pedir e receber propina em troca de dar celeridade a um processo no sistema da Justiça Estadual.
Autuada na segunda-feira (16/05), Kelly Layane Rodrigues Ferreira teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, em audiência de custódia, realizada nesta terça (17/05), proferida pelo juiz Rustônio Uchoa Lima Oliveira.
“Estamos acompanhando o caso junto ao Tribunal e vamos aguardar os relatórios das investigações para que possamos atuar para inibir esse tipo de prática que fere a Justiça e a cidadania”, ressalta Ana Letícia Arraes, presidente da Comissão de Direito das Famílias e Sucessões da OAB-PI.
A advogada afirma ainda que a Comissão está alinhada com a Ouvidoria e com a Comissão de Relação com o Poder Judiciário da OAB-PI para buscar uma melhoria significativa nas prestações jurisdicionais nas Varas de Família. “Vamos continuar visitando as Varas de Família e Sucessões para analisar o funcionamento. Vamos também levar as queixas e sugestões da advocacia para que os juízes tenham conhecimento e para que possamos melhorar a situação”, declarou a Ana Letícia Arraes.
O presidente da Comissão de Relação com o Poder Judiciário, Thiago Brandim, destaca que a Comissão irá acompanhar todos os desdobramentos do caso. “Esse fato é de extrema gravidade, portanto, é do total interesse da OAB acompanhar a investigação, inclusive, para afastar a suspeita de participação de outros servidores, com o escopo de afastar quaisquer dúvidas quanto a lisura e correção dos trabalhos na unidade judiciária, medidas basilares do Poder Judiciário”, pontuou o advogado.
Rodrigo Vidal, ouvidor-geral da OAB-PI, destaca que findada as investigações, a Ordem, por meio das Comissões, irá levar o relatório para a presidência do Tribunal de Justiça com o intuito de coibir atuações como essas. “A OAB Piauí está vigilante e queremos que o caso seja apurado”, disse o advogado.