A Petrobras deve anunciar esta semana o lucro recorde de cerca de R$100 bilhões, durante o ano de 2021, período em que aumentou os preços dos combustíveis de maneira implacável.
Nos três primeiros trimestres do ano passado, a Petrobras acumulou lucros R$75,1 bilhões. Por essa razão, a expectativa é que o lucro no último trimestre tenha superado os R$30 bilhões.
Os preços fixados pela petroleira foram justificados com a “cotação internacional” dos combustíveis, retroalimentando a inflação e prejudicando e até suprimindo profissões, como a de motoristas de aplicativos e taxistas, e atividades de empresas de transporte de pessoas e de mercadorias.
O lucro pornográfico de R$100 bilhões é a prova de que os aumentos de preços da Petrobras nos combustível foram muito além do necessário para remunerar os seus negócios.
Embora se aproveite do monopólio e dos favores de empresa estatal, a Petrobras já não se submete a diretrizes dos governantes, e até seu presidente se assemelha a uma “rainha da Inglaterra”. Os preços dos produtos da Petrobras são definidos por gerentes indicados por acionistas privados, cuja prioridade é o lucro.
Neste momento, 40% da Petrobras pertencem a a investidores estrangeiro, que rapidamente perceberam o rentável negócio de uma petroleira que praticamente concentra o monopólio na produção de combustíveis e ainda fixa seus preços.